A Agência de Atração de Investimentos Estratégicos do Piauí (Investe Piauí) realiza o “Summit H2Piauí – Cimeira Piauí- Europa de Hidrogênio Verde” no próximo dia 6 de abril, em Lisboa, Portugal. O objetivo do evento é apresentar as potencialidades do Piauí para a produção de hidrogênio verde e atrair novos investimentos para o setor.
O termo “hidrogênio verde” faz referência ao hidrogênio obtido a partir de fontes renováveis, cujo processo de produção é livre de emissão de carbono, resultando em uma energia limpa, diferente do carvão e do petróleo. A descarbonização do planeta é um dos objetivos estipulados por países de todo o mundo até 2050.
“Hoje a gente tem um contexto político, não só do Piauí, mas nacional, que está muito voltado a realização de grandes investimentos ligados ao setor energético. Então temáticas que antes não estavam na agenda agora estão surgindo de maneira muito forte, porque o mundo vai viver nos próximos anos escassez e a diminuição considerável do petróleo e a substituição dessas fontes por fontes renováveis é muito importante”, explicou Karita Allen, diretora de Grandes Negócios da Investe PI.
O Piauí surge como um estado estratégico para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde por possuir grandes reservas de águas subterrâneas e rios, o que favorece a produção de hidrogênio que se dá pela eletrólise da água.
“Porque verde? Porque a energia consumida no processo advém de fontes renováveis e não faz sentido usar energia que poderia ser consumida pela população para produzir mais energia. Mas se vem de fontes renováveis, abundante, aí o Piauí se destaca”, e explicou Karita Allen.
O Estado possui ainda outros pontos favoráveis para esse mercado, como o seu grande potencial na produção de energia eólica e solar – o Piauí possui os maiores parques da América Latina. O Porto de Luís Correia que é um local estratégico para a locomoção do hidrogênio e a ZPE que é uma ampla e moderna estrutura onde os investidores terão incentivos fiscais e menores custos de investimento.
É importante destacar ainda a qualificação acadêmica do Piauí, com uma grande oferta de cursos de graduação, e o apoio do Governo, que formaliza seu comprometimento através de um plano estadual.
“Então por que fazer o evento em Portugal? Porque lá, dentro da Europa, é um dos países que estão avançando bastante nessa discussão e nos acordos internacionais. É um país irmão, digamos assim, do Brasil, onde a gente consegue consolidar as parcerias com universidades, com empresários e com o governo.”, destacou.
Com o conflito entre Rússia e Ucrânia, países da Europa viram a necessidade de se reorganizar para diminuir a dependência do fornecimento de petróleo e gás natural russo. E para isso, estão avançando nas discussões ambientais e impulsionando investimentos em energias renováveis, e em destaque o hidrogênio verde.
“A gente não pode deixar essa oportunidade passar! O olhar do governador é bastante estratégico. Ele está aproveitando o cenário favorável e vislumbrando oportunidades de investimentos para ocupar a região da ZPE e criar empregos para o nosso povo”, finalizou.