O edital da Investe Piauí e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI), que atenderá a demandas da Segurança Pública do Estado, continua a todo vapor. O 1º ciclo do Programa de Inovação Aberta do Governo do Estado do Piauí (Piagepi) está agora na fase de apresentações dos projetos pré-selecionados. Nesta quinta e sexta-feira (18 e 19) acontecem as apresentações de pitchies, ou seja, quando os proponentes expõem as soluções que encontraram para os desafios propostos no edital.
Apresentação online de uma da propostas. Foto: Italo Nascimento
Ao todo, 11 projetos farão as apresentações. Alguns de forma presencial, no Hub Investe Piauí, e outros de forma on-line, como prevê o edital. Nesta quinta-feira (18), sete se apresentam, e na sexta (19), os outros quatro. Na “encomenda tecnológica”- termo definido pela Lei da Inovação- publicada no edital, foram elencados três desafios. O primeiro desafio é automatizar a análise de dados textuais contidos nos Boletins de Ocorrência do estado, utilizando técnicas de Inteligência Artificial (IA), para auxiliar a confecção de relatórios e gerar atuação mais eficiente das forças policiais. A solução deve se integrar aos sistemas de atendimento ao público, focados na comunicação de ocorrências policiais, de modo que o processamento possibilite a detecção de padrões e tendências criminais, com foco em mortes violentas intencionais, com alertas em tempo real sobre a ocorrência de homicídios e criação de chatbot para comunicação com a sociedade.
O segundo é elaborar um sistema para analisar e interpretar dados relacionados às ações das forças de Segurança Pública, avaliar políticas públicas e gerar relatórios e visualizações de dados de forma clara e informativa, a fim de apoiar a tomada de decisões do governo. E no terceiro desafio, é solicitada a automação da coleta e análise de informações referentes ao uso de recursos humanos e equipamentos da Secretaria da Segurança Pública, possibilitando a melhor gestão e alocação desses recursos; bem como a vigilância aprimorada de solução com a capacidade de alertar as autoridades para ações ilegais em tempo real.
Apresentação presencial de umas propostas. Foto? Ítalo Nascimento
Heygler de Paula é o responsável pela execução do projeto, que é realizado pelo Laboratório de Inovação do Piauí (LIPI), da Investe Piauí. Heygler destaca que a iniciativa superou e muito as expectativas. “A Secretaria está tendo trabalho pra escolher as propostas. Foram mais de 50 inscritos. As abordagens apresentadas aos problemas são muito diversas, o que é importante para um projeto de inovação aberta, e a expectativa é que os projetos rompam a simples solução do problema pra chegar a outras questões mais amplas. Então, elas conseguem dar esse pequeno salto a mais”.
Ele complementa que a partir da solução desses problemas, será possível dar mais conforto para a realização das operações de segurança. “Na medida que maior automação significa liberar mais servidores públicos para funções mais nobres. Dessa forma a gente tem, por exemplo, mais policiais na rua, mais policiais na investigação, e assim, mais efetividade na prestação de serviço público”, explica.
As propostas selecionadas pelo Comitê Técnico receberão um investimento financeiro para a elaboração da prova de conceito, ou seja, para a execução do projeto, que varia de R$ 20 mil a R$ 100 mil. Ainda segundo o edital, o prazo máximo para a execução será de seis meses. Para conhecer melhor os desafios, basta acessar o canal do YouTube do Programa Startup Piauí https://www.youtube.com/live/gVFQ0vBZcaM?si=tRtALVaS5TJmSJDS. Para mais informações, acesse o site https://startuppiaui.com/lipi/.
O que é o LIPI
Criado em 2024, o LIPI é um laboratório que trabalha para impulsionar a inovação no estado do Piauí, buscando soluções criativas e tecnológicas para melhorar a qualidade de vida da população. É uma ferramenta de fomento da tecnologia para o Estado, um laboratório designado para tratar de inovação aberta do Estado. A inovação aberta nada mais é do que você conectar desenvolvedores de tecnologia, basicamente, a problemas reais de empresas, que podem ser públicas ou privadas, para que eles se proponham a resolvê-los de forma inovadora.